quarta-feira, 30 de maio de 2007

Ainda o atentado de Madrid...

Embora seja um caso muito sério, fartei-me de rir com a noticia lida hoje no publico. Parecia tirada de uma anedota:


in público, 30.05.2007 - 21h00

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Os tradutores nomeados pelo tribunal espanhol que está a julgar os suspeitos do atentado terrorista de 11 de Março de 2004 em Madrid declararam que as traduções feitas pela polícia italiana das conversas entre alguns dos acusados foram "praticamente inventadas". A transcrição das conversas telefónicas é a principal prova deste caso.

(...)

Transcrição de algumas frases feita pela polícia italiana e citada pelo "El Mundo":

"Rabei: Ouve bem, Yahya, não te escondo... Ouve bem... Tenho muitos amigos que morreram como mártires em nome de Alá, alguns foram para o Afeganistão fazer a jihad [guerra santa] e outros estão presos. Ouve, Yahya, tem cuidado e não digas a ninguém. A operação de Madrid foi minha [ideia]... Foram os meus amigos mais queridos... morreram como mártires, que Alá os tenha na sua misericórdia.

Yahya: Ahh...

Rabei: Não estive com eles no dia da operação, mas no dia 4 [de Março de 2004] entrei em contacto com eles e fiquei a saber de todos os detalhes. Tem cuidado e não contes a ninguém. Eles operavam juntos enquanto eu opero sozinho.

Yahya: Morreram todos?

Rabei: Não, não. Morreram cinco, que Alá os tenha na sua misericórdia, e oito foram detidos. São alguns dos meus melhores amigos... Comecei a preparar [a operação] no dia 4. O plano foi de alto nível, até eu estava preparado para ser mártir, mas determinadas circunstâncias impediram-me de o fazer. Se a operação tivesse êxito, ninguém a poderia esquecer porque o material estava preparado, mas o problema foi o transporte. Esta operação exigiu muito planeamento e muita paciência ao longo de dois anos e meio."

Versão dos tradutores espanhóis, também citada pelo "El Mundo":

"Rabei: Todos os meus amigos foram-se embora, foram-se todos embora, fiquei sozinho. Todos os meus amigos foram-se embora, alguns morreram a caminho de Deus no Afeganistão. Não te vou esconder a operação de Madrid que acabaram de fazer...

Yahya: ...

Rabei: Aquele comboio de Madrid que explodiu...

Yahya: Ah, sim!

Rabei: Foi a minha gente que o fez... a nossa gente.

Yahya: Em Espanha?

Rabei: Sim... São todos meus amigos, cinco deles morreram como mártires, que descansem em paz, e oito foram detidos. Mas Deus não quis o meu martírio e salvou-me da cadeia. Eu não estava com eles naqueles dias. Mas foi a minha gente... e eu sabia previamente... não me disseram exactamente o que ia acontecer..."

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